domingo, 24 de julho de 2011

TCAS

Do inglês Traffic Collision Avoidance System, que significa "Sistema Anticolisão de Tráfego") é um pequeno conjunto de equipamentos eletrônicos de bordo que constitui um sistema de segurança de voo. É incorporado às aeronaves com o objetivo de evitar colisões aéreas com outras aeronaves.
O TCAS funciona através da comunicação eletrônica entre todas as aeronaves que estejam equipadas com um transponder apropriado. Utiliza a frequência de 1030MHz para "interrogar" todos os TCAS das aeronaves que estejam ao seu alcance. Os transponders dessas aeronaves então "respondem" a solicitação, utilizando a frequencia de 1090MHz. Este ciclo de "perguntas e respostas" eletrônicas ocorre diversas vezes por segundo.
Através dessa troca constante de dados, o computador interno do TCAS constrói um mapa tridimensional das aeronaves que se encontram no espaço aéreo circunvizinho e abastece esse espaço tridimensional com informações tais como localização, rumo, altitude e velocidade das demais aeronaves. Utilizando esses dados, o sistema então projeta a posição futura de todas as aeronaves, e assim determina os potenciais riscos de colisão.
É importante salientar que o TCAS (e suas variantes) interage apenas com aeronaves que possuam transponder e estejam com ele ligado (em operação).

Uso do TCAS

O uso do TCAS é obrigatório em todas as aeronaves de transporte aéreo comercial, e também naquelas com peso máximo de decolagem superior a 5700Kg ou que tenham mais de 19 assentos (independentemente de serem usadas para transporte comercial).
Quando o sinal de uma aeronave é detectado, a aeronave detectada passa a ser exibida em um display, no painel de instrumentos (imagem ao lado), e tanto a posição quanto o movimento relativo entre as aeronaves passam a ser avaliados. Quando a distância e/ou a trajetória relativa entre elas atinge um certo nível de risco, o sistema emite uma mensagem oral ("Traffic! Traffic!") aos pilotos. Se a situação evolui para um grau de perigo maior, o sistema emite comandos orais e visuais, no painel da aeronave, indicando manobras evasivas a serem empregadas imediatamente pelo piloto em comando. As manobras evasivas são decididas pelo equipamento que se encontra em comunicação com o mesmo equipamento da outra aeronave, de modo que os pilotos de ambas as aeronaves executem manobras em direções divergentes.

Exemplo de Uso


Na imagem, pode-se observar a presença de dois aviões situados à frente do atual avião: um encontra-se 800 pés mais alto (indicação "+08"), em trajetória de descida (pequena seta orientada para baixo), portanto em risco de colisão; o outro avião encontra-se mais à frente e 600 pés mais alto (indicação "+06"), em altitude constante (ausência de seta). O ícone em formato de losango (ou diamante) representa uma aeronave e fica "sólido" (preenchido) quando a aeronave está dentro da região de risco -- como é o caso da primeira -- e "vazio" (oco, não preenchido) quando a aeronave está fora da região de risco -- como é o caso da segunda aeronave.

Espaço Aéreo

O Gerenciamento do Espaço Aéreo


As ações desse segmento buscam o uso flexível dos espaços aéreos, com o objetivo de aumentar a capacidade, eficiência e flexibilidade das operações aeronáuticas.

Para organizar o espaço aéreo, existem três conceitos específicos: Espaço Aéreo Controlado, Espaço Aéreo Não-Controlado e Espaço Aéreo Condicionado.

O Espaço Aéreo Controlado: Todos os movimentos aéreos são controlados por um órgão de tráfego aéreo, no qual os pilotos são orientados a cumprir manobras pré-estabelecidas, com o objetivo de garantir a segurança dos voos das aeronaves. Esses espaços são estabelecidos como: Aerovias (AWY), Áreas de Controle (TMA) e Zonas de Controle (CTR).

O Espaço Aéreo Não-Controlado: As aeronaves voam em ambiente parcialmente conhecido e sujeitas às regras do ar, porém, não existe a prestação do serviço de controle do tráfego aéreo. São fornecidos, somente, os serviços de informação de voo e de alerta.

O Espaço Aéreo Condicionado: Define ambientes onde são realizadas atividades específicas que não permitem a aplicação dos serviços de tráfego aéreo.

Além disso, o espaço aéreo também é dividido em classes. Essa estruturação é fundamental para a ordenação do tráfego. A partir dela, controladores, pilotos e demais usuários têm responsabilidades e deveres discriminados de acordo com suas classes.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

RNAV

Antes de começarmos a comentar sobre procedimentos GPS é preciso reforçar uma informação importante, constante da IAC 3512 de 26/04/2010.
A OACI adotou o termo geral “Global Navigation Satellite System (GNSS)” para identificar qualquer sistema de navegação por satélite cujos usuários realizam, a bordo, determinação de posição através de informações de satélites. Quando a IAC 3512 foi escrita, apenas dois sistemas estavam registrados no “International Frequency Registration Board - IFRB”: o “Global Positioning System”, desenvolvido pelos Estados Unidos, e o “Global Orbiting Navigation Satellite System” em desenvolvimento pela Federação Russa. A IAC 3512 provê orientação para o uso de navegação por satélite no espaço aéreo brasileiro.
ATENÇÃO: A terminologia e linhas de ação são limitadas à tecnologia GPS desenvolvida pelos Estados Unidos. A IAC 3512 não se destina ao uso de outros sistemas GNSS no espaço aéreo brasileiro nem à utilização do GPS no espaço aéreo de outras autoridades aeronáuticas.
Bem, dá para perceber que antes de iniciar as operações utilizando o GPS é preciso dar uma olhada na IAC 3512 para se inteirar de diversos outros detalhes de operação.