Boeing 737 é um avião comercial a jato, bimotor, de fuselagem estreita (narrow body) e corredor único produzido pela Boeing. É a aeronave de maior vendagem na história da aviação civil. O 737 nasceu da necessidade da Boeing em exercer a concorrência, antes iniciada pelo BAC 1-11(One-Eleven), Sud-Aviation Caravelle e pelo Douglas DC-9 mercado para jatos de curtas-distâncias e baixa capacidade de passageiros. No entanto, a Boeing estava bem atrás nesta disputa, já que, no início do programa do 737 em 1964, o DC-9 estava prestes a fazer o primeiro voo, o One-Eleven no programa de testes e o Caravelle estava em serviço há 5 anos. Foi preciso agilizar o desenvolvimento, e a Boeing utilizou o máximo possível de tecnologias e peças dos 707 e 727, principalmente os componentes de fuselagem. O conjunto de asas, projetado especificamente para o modelo 737, falhou em ensaios destrutivos estáticos de bancada, ao ser submetido a cerca de 95% da capacidade de carga máxima projetada, tendo que ser reprojetado. O fato acabou dando ao modelo uma asa de excelente performance, capaz de operar tanto em pistas curtas, como em cruzeiro de grande altitude, com muita eficiência. Mesmo com os contratempos iniciais, o 737 foi mais barato e rápido para ser construído e homologado, com a vantagem de possuir fileiras de seis assentos, ao invés das de cinco dos concorrentes. Recentemente, a empresa Norwegian Air Shuttle recebeu o 6000º Boeing 737 produzido. Calcula-se que tenha transportado cerca de 7 bilhões de pessoas [1] ao longo da sua vida, e incontável quantidade de carga Em 1993, a Boeing iniciou o programa do 737-X, ou, como ficou conhecido oficialmente depois, Next Generation (NG), que englobam os modelos 600, 700, 800 e 900, e equivalem a um total reprojeto desta aeronave que já tinha 30 anos de idade. O 737NG é uma aeronave completamente nova, que compartilha muito pouco com seus antecessores, além da estrutura da fuselagem. Novas asas e motores aperfeiçoados foram os desafios de engenharia. O 737 recebeu um novo painel eletrônico de informações (EFIS ou “glass cockpit”) com telas CRT (com exceção dos 900, que possuem os altamente avançados painéis de LCD) e sistemas digitais inspirados no 777. Um novo interior foi projetado, novamente emprestando ideias do 777. O número de peças foi reduzido em 33%, diminuindo o peso e simplificando a manutenção. Outras mudanças incorporadas desde a introdução dos NG, incluem interior e a adoção de winglets que incrementam a eficiência no consumo de combustível(principalmente em vôos mais longos) e a performance de decolagem e subida. As winglets medem aproximadamente 1,80m. Em 2001, o 737 foi alongado para criar o 737-900, que igualou sua capacidade com o 757-200, cuja produção foi encerrada em 2004, pela baixa demanda. Em 24 de janeiro de 2005, o 737 finalmente perdeu uma de suas mais peculiares características: as janelas tipo “pestana” no cockpit (janelas 4 e 5), herdadas dos 707 e 727, e que eram utilizadas como auxílio visual em curvas e para manobras militares de voo em formatura. Também eram exigências para certificação de área mínima de pára-brisas na década de 60. Como tal exigência não mais existe, será oferecido um kit para a remoção das janelas 4 e 5 das aeronaves existentes
Antes de mais nada; parabéns pelo blogsite e os bons artigos! Comentarei só esse para não ser tão chato!...
ResponderExcluirMeu primeiro voo foi em um avião Fokker 100. No entanto, todos os demais voos (oito) foram em aviões da Boeing. É fantástico como a popularidade desses aviões, motivado pelo extremo número de exemplares circulando no planeta, fazem-nos aliar sua imagem - e a sensação maravilhosa que é viajar em um avião assim, a coisas inesquecíveis nos tempos de infância! Tenho mais de trinta anos, mas voar em um 737-800, como foi na última vez, foi um momento mágico e fabuloso! Parecido como experimentar pela primeira vez um lanche do Mc Donald's nos tempos de criança!
Gostei tanto do voo (entre Vitória e Porto Alegre), que resolvi comprar uma réplica em escala 1/144 desse Boeing da imagem acima. Bem coisa do tipo dos sonhos de criança! Como ter um Ferrorama ou ganhar a primeira bicicleta ou videogame.
Só que esta réplica representa de uma forma mais simples, todo o encanto por trás do mundo da aeronáutica.
Gostaria de ter sido piloto. Infelizmente, meus poucos conhecimentos, aliados a pouca vontade de estudar e a problemas no joelho, afastaram-me as possibilidades de um dia ser piloto.
Ainda bem que restou a sensação gostosa de poder ter voado! Espero muito poder repetir. Enquanto isso, admiro minha réplica do Boeing na estante. Uma pequena imagem que me faz ter a certeza da realização de ao menos um sonho, que nunca será esquecido.
Elbair Lages - Montenegro/RS
Obrigado pelo elogio, espero colocar mais matérias de interesse dos amigos de aviação!
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